terça-feira, outubro 23, 2012

Regresso



Fui ver-te. Procurar-te, como faço sempre, no teu passado. Vi-te numa alma presa ao corpo. Sim...como numa caverna. Sim...como uma sombra. Sim...mas sem alegorias. Presa naquilo que não se percebe do tempo.

Pendurada na janela a olhar para a própria vida, rendida pela força do futuro. Dilema da batalha que poderia existir entre passado e futuro. Nem sempre a história nos importa, quando está em jogo aquilo que fomos e não voltaremos a ser...

É...a vida tira-nos a força das pernas interiores. As mesmas que na meninice nos levaram entre sonhos e travessuras, agora recusam-se a inoportunos regressos.
Procuro-te, na esperança de encontrar a minha infância e a ti nela... Não encontro, mas regressarei a ti constantemente.

teu,

Hélder