domingo, novembro 22, 2020

O melhor do pior

 



Olá


Que dias estes, eramos tão felizes e não sabíamos. Agora passo, passamo,s mais tempo em casa, isolados, sem calor dos outros, sem a pele que se tocava e os beijos que dávamos, a torto e a direito. Agora até acho estranho quando vejo um filme onde há toque e cumprimentos... é, outros tempos.

Aproveito o tempo para purgar os dias, arrumar as folhas velhas dos vasos e da minha vida, deixar a luz entrar com janelas abertas, não vá o bicho me estar em casa, pelo menos arejo. Aproveito para me deliciar no tempo mais estendido, perder-me cá com os meus botões, arrumar e arrumar-me. Trabalhar na terra, fazer uma televisão distante, e voltar a casa, onde me sinto seguro e sempre em paz.

Sapatos à porta, sinto o meu chão, às vezes deito-me nele e deixo que a luz faça o resto, me recomponha. Chego cansado, cada vez que saio. Não sentem o mesmo? Andamos a fugir, alguns, de algo que nos pode derrubar o corpo. O melhor? Mais tempo, e usa-lo dignamente, com solenidade, porque o tempo é irreversível. Por isso, faço dele tudo o que a minha vida ainda me permite. 

Recomendo.


Protejam-se


Hélder

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