segunda-feira, maio 28, 2007

E A VIDA QUE TENHO?

Olá

Obrigado pelas mensagens, pelos parabens, pelos mimos!!! O meu livro está à venda nas livrarias...para já (alguém perguntava). Se me esqueci da Senhora da Hora? Não..seria impossível, trabalhei lá dois anos, tenho amigos plantados no coração, não sou é tão presente como queria!!!!

É verdade...fiz 32 anos. Não sou nem muito nem pouco apreciador do aniversário. Mas este ano deu-me para pensar: És o que devias Ser com a idade que tens?

Eu sei que tudo isto goza da relatividade, eu sei...mas quando leio o jornal deparo-me com tanta gente, tão mais nova que eu, e com tanta obra feita, e cujo interior tem uma arquitectura espiritual invejável ( também sei que inveja é coisa feia), mas vocês percebem-me.

É claro que estas reflexões têm uma grande vantagem: a interrogação. Interrogar provoca o acto de pensar e corremos o bom risco de evoluir....E a questão não é ter mais; é, possivelmente, Ser-se mais.

Acontece-vos isto? Ou a vida que têm é a vida certa para a vossa idade? Ou, nada disto faz sentido, porque não há idade para se ter a vida correspondente a ela?

Só mais uma coisa, independente das questões existênciais, eu amo a vida que tenho, e amo aqueles com quem faço a minha vida. Mas interrogá-la não faz mal nenhum!

Abraços

11 comentários:

Anónimo disse...

Às vezes o facto de uma pessoa não ter obra feita visível aos olhos de todos, não significa que nada tenha feito. Muitas das vezes são essas pessoas "fantasma" que ajudam os outros a conquistar o sentido da sua vida. E é um facto que esses obreiros especiais raramente chegam a saber que o que fizeram foi mais grandioso do que alguma vez pudessem imaginar.
No entanto, neste caso, creio que estamos perante aquele tipo de Ser que também muita obra visível já realizou e que mesmo assim continua em busca de mais porque não está ainda satisfeito. Este tipo de pessoas nunca admitem as coisas grandiosas que já fizeram, por isso para quê insistir. =)
Uma coisa para mim é certa, compararmo-nos é bom porque ajuda a parar para pensar naquilo que realmente somos ( os exemplos têm um importante papel). Contudo, somos todos diferentes e por isso acredito que por mais parecidos que os caminhos sejam, (neste aspecto) cada um tem o seu! Sempre novo e diferente...

Inês

nêta disse...

Já pensaste se essas pessoas que admiras não estão tão insatisfeitas como tu? Se não sentem que deveriam ter feito muito mais? Ido mais longe? Já pensaste quão mais longe tu não chegaste, em comparação com tantas outras pessoas?
É bom questionares-te até porque, em certa medida, é isso que te impulsiona a continuar, mas não percas de vista que somos um todo: cada um faz a sua parte e todos os contributos são válidos, importantes e imprescindíveis. Mesmo aqueles que parecem mais fraquinhos ou que o próprio julga mais pequeninos.
O teu contributo tem sido fundamental para inúmeras pessoas, quer na tua esfera pessoal (estou certa) quer no âmbito público. E isso é que conta!
Não desistas!

Nêta

P.S. E outra coisa, Helder. Quanta dessa obra feita que vês nos outros não é fruto de mera necessidade de engrandecimento pessoal? Quanto mais não vale a tua que é, acredito, sinal de uma admirável dádiva de vida?

Anónimo disse...

Olá :-)
Espero que estejas a passar umas óptimas férias porque tu mereces!
Quanto ao que escreveste nem sei que te diga porque ainda sou "nova" para dizer o que quer que seja sobre isso, mas todos nós temos fases em que muitas perguntas existenciais vêm à cabeça.
E todos nós temos que ter razões para amar a vida pois ela é demasiado curta para não amarmos que nos ama e para não perdoar quem nos magoa ;-)
Quanto ao teu trabalho já o disse mas volto a repetir que te admiro imenso por tudo o que és :-) tanto como cantor (deliro com a tua voz e músicas), tanto como apresentador na Praça ao lado da minha ídola querida!
Por isso tudo e muito mais eu gosto de ti :-) e no verão vais-me "aturar" num dos teus concertos eheh e na Praça claro!
Dediquei-te mais um post no meu blogzinho... a ti, à Sónia e à Sofia (fifas).

Beijão enorme*

http://www.fotolog.com/bee_maia_21

Anónimo disse...

É engrançado, acho que todos nós nos questionamos sobre o nosso rumo (futuro e passado) e de forma mais intensa em determinadas alturas da nossa vida. Eu acho que isso é bom. Faz-nos reflectir, faz-nos avaliar o que já fizemos e o que podemos ainda fazer... logo faz-nos crescer e corrigir o percurso, se for o caso. Também acho que por mais que façamos, achamos sempre pouco e que podemos fazer muito mais... isso é bom, porque de facto há sempre mais... Quanto a ti, acho que te deves orgulhar do que já conseguiste. Principalmente o último feito: a publicação do teu livro! Poucos se podem orgulhar de um gesto semelhante! Eu acho que estás no bom caminho! Parabéns! Avança, há mt mais à tua espera!
Bj grande e força na caminhada!
Sandra Carvalho

S.A. disse...

"Ter a vida feita não se resume ao que tens nas mãos, mas sim ao que tens na cabeça..."... Achei que era adequado... :)


Ana

Anónimo disse...

Bom dia Helder! (entretanto tenho de ligar - a ver se nao esqueço)
Passei por cá e lembrei-me de comentar... Crises existências, vamos tendo e desde que sirvam para nos aperfeiçoarmos, Good!!!
Concordo mais quando dizes "não há idade para se ter a vida correspondente a ela", penso que a nossa vida é o conjunto de tudo o que pensamos, fazemos e dizemos... O importante é como dizia aos miúdos há dias: "Queres acrescentar dias à tua vida, ou vida aos teus dias?"... Penso, que se paramos e ao olharmos as cenas da nossa vida, conseguimos esboçar mais sorrisos que lágrimas estamos no caminho certo e isso é que importa não a idade... e viva a colheita de 75 e em especial a de maio :) (ou não fizesse eu parte dela :)), jocas, Isa (qdo passar esta fase maluca de IRS/IRC ligo)

Inês disse...

"tenho amigos plantados no coração"...*

"arquitectura espiritual"...*

"e corremos o bom risco de evoluir"...*

ai...que bom saber de ti...sempre assim...***

Jorge disse...

Parabéns pelo livro!

Sara* disse...

Não tenho a mesma idade que tu, mas acabo por seguir a mesma linha de pensamento. Apesar de ser mais nova, partilho dessa sensação e questiono-a da mesma maneira.
E, pese embora, questionar me faça voltar sempre à estaca zero, acredito piamente que isso me ajuda a pensar.

Não sei se tenho a vida que deveria ter para a minha idade, nem sei se há idade para se ter a vida correspondente a ela.
Limito-me a fazer o máximo que posso sem nunca deixar de lado a consciência de que fiz o que deveria ter feito.
Tento elevar-me ao máximo. E não me parece que haja idade definida para tal ;) *

Anónimo disse...

Deixo um beijo, imenso. Onde quiseres... Só para saberes que passo por aqui e que continuo atenta... Até porque, te trago gravado no coração.
Sempre
Marta

Anónimo disse...

Tarde de um domingo banal.
Café para digerir conversa.
Fnac para espreitar as novidades.
Domingo na Fnac para ouvir e "ler" Helder Reis.
Do reporter de exteriores da Praça da Alegria, vejo pela 1º vez um Helder que canta e que me ENCANTOU com uma maneira tão particular de verbalizar através da música letras de canções que cantam sentimentos.
"Conheci" também um Helder que escreve palavras, sonhos, emoções.
Que escreve solidão, algum desalento, lembrança e sentimento.
Que escreve solidariedade e igualdade, um Helder que escreve e se procura a si mesmo.
Que escreve dor, mas também amor.
Este é um livro que mais do que tocar no coração, vai nos directo à alma.
Beijo grande.
MARIA DO MAR